"Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão."
(Gálatas 5:1)
(Gálatas 5:1)
Para você, o que é liberdade? Talvez seja ser livre para fazer o que quiser, não é? Ou mesmo, exercer seu livre-arbítrio. Errado! A liberdade com que Cristo nos libertou é diferente da liberdade que o mundo nos oferece. Esta é uma liberdade que o mundo pensa ter, mas que só os aprisiona, oferecendo-lhes tudo o que mais desejam, mas sem lhes dar a paz e a felicidade genuína, que só Cristo tem.
Na segunda carta aos Coríntios, capítulo 3, versículo 17 (2 Co 3:17) está escrito: "Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade." Como encontraremos liberdade sem Deus? A Palavra é clara e nos ensina que, aonde o Espírito de Deus está, aí temos liberdade. Não é fazendo o que nos satisfaz; não é vivendo de modo dissoluto e irresponsável; não é segundo nossa própria inteligência; não é segundo nossas próprias regras. Cristo morreu para nos libertar do pecado e de uma lista de leis e regulamentos (Lei Mosaica). Mas isso não quer dizer que devamos viver sem ética e sem nenhum princípio. Ao invés disso, Cristo nos trouxe novos princípios, não para nos aprisionar ou para nos limitar, mas para nos mostrar um caminho mais excelente. Quando fazemos o que queremos é inevitável sermos atraídos e engodados pelo vontade de satisfazer nossas concupiscências e isso nos leva a um caminho de volta: a escravidão do pecado.
"E assim todo o sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar os pecados;
Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus..."
(Hebreus 10:11-12)
Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus..."
(Hebreus 10:11-12)
Quando o nosso sumo-sacerdote se ofereceu por nós em sacrifício fomos completamente libertos do pecado, mas não da natureza pecaminosa. É por isso que Paulo nos chama para viver a liberdade com que Cristo nos libertou, não tornando a viver debaixo da servidão do pecado.
Em 2 Pedro 2:20, lemos: "Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro."
Assim como Paulo estava preocupado que os gálatas se corrompessem e tornasse a viver debaixo da Lei e não debaixo da Graça, o apóstolo Pedro também expressa a sua preocupação, mostrando a conseguência daquele que conhece o Senhor Jesus e o abandona para novamente viver a "libertinagem" que o mundo oferece. Ele diz ainda que melhor seria não terem conhecido o caminho da justiça, do que conhecendo-o, preferirem se desviar do santo mandamento que o Senhor nos deixou (2 Pe 2.21).
"Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." (1 João 2:15). As coisas maravilhosas que Deus reservou para nós não estão no mundo. Se vivermos de forma mundana, infelizmente o amor de Deus não estará em nós. Parece injusto não é? Afinal, Deus não é amor? Ele não nos ama? Claro! Ele ama a todos, sem exceção, sem acepção de pessoa, porém não podemos nos esquecer da Lai da Semeadura: aquilo que plantarmos, certamente colheremos. Todas as escolhas que você faz são como sementes que plantamos e que trarão consequências futuramente, nem sempre boas. Aí, começamos a atribuir as nossas provações a Deus, quando na verdade estamos colhendo os frutos da nossa obstinação em viver para o mundo e não para Deus.
O Salmo 119:45 diz: "E andarei em liberdade, pois busco os Teus preceitos...". João também fala da liberdade trazida pela Palavra de Deus em João 8:32: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Que através desta palavra possamos entender que só há liberdade em Cristo e no seu Evangelho. Não estamos falando de religião aqui. Estamos falando de uma vivência real da Graça de Deus, na qual podemos adora-Lo e servi-Lo livremente. Nada de sacrifícios, rituais, sacerdotes, templos e tudo o que intermediava o nosso relacionamento com o Pai outrora. É esta a liberdade com que Cristo nos libertou: temos livre acesso para nos relacionar com Ele, sem ritualismo, sem intermediação, sem hora e local determinados, sem a necessidade de templos.
Precisamos nos lembrar do convite de Paulo: estar firme na liberdade de Cristo. É difícil, pois tudo o que há no mundo é atraente para nós e mais ainda, viver da forma que desejamos parece muito melhor do que viver segundo os princípios de Deus. Mas quando fazemos isso estamos afirmando que sabemos o que é melhor para nós, mais do que Deus sabe. E isso nos faz cair no mesmo pecado de Lúcifer: queremos tomar o lugar de Deus. Talvez seja muito "pesado" dizer que queremos ser iguais a Deus quando tomamos esta postura, mas infelizmente, é a verdade.
"Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne." (Gálatas 5:16). Paulo nos afirma com tanta propriedade porque vivia cada uma destas palavras que ele escreveu. Ele entendeu que só no Espírito havia essa liberdade do Cristo e somente andando no Espírito (não com, ou pelo, mas no Espírito), ele permaneceria firme e não tornaria a viver debaixo da escravidão do pecado, não cumprindo assim a concupiscência da carne. Deixo então esse encorajamento para vocês: que permaneçam firmes à Rocha, que é Cristo!
Lê.